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Atividade 2/Grupo 3: A Era de Ouro do Rádio




Sua chegada ao Brasil foi em 1920. Mesmo em caráter experimental, começou a conquistar espaço mostrando a sua força e capacidade de influência. Especialmente no período de 1930 a 1940, o rádio se popularizou e tornou-se um meio de entretenimento. Entre 1930 a 1937, 43 emissoras foram fundadas.

Na era de ouro, o rádio vive um dos seus melhores momentos, é o principal meio de comunicação, em março de 1932 é efetivada e regulamentada a liberação da propaganda comercial no rádio sendo assim um órgão rentável, ou seja, as rádios são transformadas em empresas. Uma das grandes problemáticas desse início era a quantidade de rádios receptores, como nos dias de hoje tudo o que vem de novidade tão extraordinária e diferente acaba sendo extremamente caro, o que não torna acessível a população.


o rádio na Era Vargas


A competição por mercado envolvia três fatores: o status da emissora, sua popularidade e o desenvolvimento técnico. Cada emissora possuía o alvo de melhorar a sua qualidade e ampliar o seu alcance. E a com a liberação da propaganda, as mensagens comerciais tornaram-se a sua principal fonte de recursos. Os canais particulares reforçaram a exploração comercial do rádio.


O marco de que tudo começou a fluir através desse meio de comunicação foi a festa do centenário da Independência do país representou um marco do processo de instauração do Rádio: o discurso do Presidente da República, Dr. Epitácio da Silva Pessoa, foi transmitido do alto do Corcovado e recebido nos pavilhões da feira internacional “Exposição do Centenário da Independência do Brasil”, na Praia Vermelha, por um sistema de alto-falantes. Além do discurso presidencial, também a ópera “O Guarani”, de Carlos Gomes, foi ouvida em 80 aparelhos receptores espalhados em diversas cidades como São Paulo, Petrópolis e Niterói, em praças e vias pública nesse momento várias pessoas ja tinha acesso ao rádio. Assim artistas contratados começaram aparecer pra fazer propagandas comerciais, o programa pioneiro chama-se Casé, foi através de jingles, músicas em corais pra anunciar os benefícios do pão comercializado no Rio.


Pioneiro do rádio, criou o Programa Casé, primeiro programa de rádio comercial do Brasil.

Antônio Gabriel Nássara foi o criador do primeiro jingle do rádio brasileiro, em 1932. A propaganda em forma de música foi uma solicitação de Ademar Casé, apresentador do 'Programa Casé' na Rádio Philips. O avô da atriz, apresentadora e humorista Regina Casé precisava convencer o português Albino, dono da Padaria Bragança, no Rio de Janeiro, a patrocinar o programa. Para alcançar esse objetivo, solicitou ao colega Nássara a criação do jingle da padaria. Segundo a A jornalista e professora da PUC do Rio de Janeiro, Rose Esquenazi. Destaca-se, nesta pesquisa, a força do Jingle, responsável por marcar épocas diferentes na sociedade brasileira, através de produtos que nasceram e se fortaleceram através das ondas do Rádio e que até hoje servem como referências histórico-sociais.
 O sucesso de Casé foi tão grande com a comunicação que permaneceu no ar de 14 de fevereiro de 1932 até 1951, quando passou para o novo veículo de comunicação que se instalava no país a televisão.


No estúdio da rádio Mayrink Veiga, 1932

  CASTELO BRANCO (1990:173) lembra o depoimento de um dos grandes radialistas brasileiros, Almirante, Henrique Foréis Domingues: “Mas a propaganda era tímida, praticamente lembrando aquilo que hoje, na televisão, se rotula de merchandising. Almirante depõe: ‘As emissoras se mantinham à custa de uma publicidade irregular e ainda vacilante e se viam forçadas a solicitar a cooperação do comércio, simplesmente com os nomes das firmas citados na abertura e no encerramento dos períodos de irradiação… ’” Embora tímida, como frisou o radialista, o fato é que a publicidade trouxe uma verdadeira metamorfose para o Rádio, que de erudito, instrutivo e cultural passava a ser veículo de lazer e diversão popular. A preocupação daqueles que viam no veículo uma forma de cultura era que fatores econômicos e financeiros viriam a desvirtuar os objetivos principais daqueles grupos, vulgarizando a cultura em detrimento do cultivo da erudição. Tal pensamento levou Roquette-Pinto a doar para Ministério da Educação e Cultura, em 1936, a PRA-2 – Sociedade Rádio do Rio de Janeiro, nossa primeira Rádio, tornando-a Rádio MEC, até os dias de hoje caracterizada como Rádio Educativa, ou seja, sem investimentos publicitários.


O rádio também teve importância fundamental para que a música popular fosse propagada. Assim, as musas brasileiras tiveram grande relevância não só para que as músicas fossem divulgadas, mas também com o sucesso, a própria rádio foi ganhando força diante desse cenário. A cada mês o número de músicas e compositores crescia de ponta a ponta ao Brasil pelo milagre das ondas transmitidas sem fio. Pode se destacar os estúdios de rádios mais conhecidos como Mayrink Veiga, a radio Sociedade, a rádio Clube do Brasil, Radio Philips do Brasil, rádio clube de São Paulo, radio sociedade Record, entre outras.

Como explica o jornalista Ruy Castro, autor da biografia sobre Carmen Miranda “Eu tenho impressão de que o rádio no Brasil deve mais à Carmem Miranda do que ela ao rádio, porque quando ela começou a cantar profissionalmente, a gravar discos em 1929, 30, ela tinha 19 para 20 anos e você ainda não tinha exatamente o rádio no Brasil. (...) Mas quando isso aconteceu, a Carmen já era uma celebridade, (...) já tinha uma grande quantidade de discos gravados. Então, quando as rádios se abriram para propaganda e puderam finalmente contratar os cantores e artistas, e não apenas pagar por intermédio de cachê, a primeira artista contratada na principal rádio da época, que era a Rádio Mayrink Veiga, foi a Carmen. Imagine que muitas pessoas começaram a comprar aparelho de rádio porque podiam ouvir Carmen Miranda."

Carmen Miranda entre Dorival Caymmi e Assis Valente: três dos principais nomes da Era do Rádio

Surge também em 1930, Aracy de Almeida, com sua voz nasalada e sua irreverência. Considerada por muitos como a maior sambista da história. Seu maior legado foi cantando o repertório de Noel Rosa, gravando discos com suas canções e exaltando suas qualidades em programas da Rádio Tupi. Eternizou-se então, na era da rádio com o slogan “O samba em pessoa.”
A cantora Aracy de Almeida

Marília Batista gravou seu primeiro disco em 1932 com a parceria de seu irmão Henrique Batista o samba pedi, implorei. Com o sucesso recebeu um convite para integrar na rádio Philips no Programa Casé.


Devido sua voz maravilhosa, Odete Amaral sempre era convidada para cantar no teatro da escola e em aniversários. Em 1935 sua irmã a levou para fazer um teste na rádio Guanabara onde cantou o samba "minha embaixada chegou" e foi aprovada.



Duas musas importantes, das mais importantes dessa era foram Dircinha Batista e Linda Batista, filha de Batista Junior e até amigas do presidente Getúlio Vargas. Dircinha com a voz mais suave e repertório eclético, ainda adolescente emplacou com a marcha “Periquitinho verde” e, embora mais velha, Linda Batista começou com com sua personalidade divertida sendo sambista arrasta-quarteirão. A mesma venceu o primeiro concurso de Rainha do Rádio em 1937. 



Temos muitas heranças culturais por parte dos maiores artistas terem atuado nessa época. A fase áurea da música foi e será sempre um ponto de referência para os estilos que a sucederam, mas nunca haverá época como essa onde o único meio de divulgação era a radio. Somente mais tarde que veio a televisão época que os compositores, maestros e cantores tinham uma fonte de inspiração: a “milícia ingênua” do carioca e do brasileiro em geral.


O RÁDIO EM GOIÁS

Em 1939, a rádio Nacional do Rio de Janeiro foi apropriada pelo Estado para ser a sua porta voz, ou seja, é transformada na principal emissora de rádio do Brasil, sendou ouvida em todo o território nacional.
Em Goiás, já havia vario rádio-receptores e estabelecimentos que os comerciavam possibilitando dessa forma, que grande parte da população possuísse tal aparelho em seus lares.
Em cada estado, havia os DEIPs (Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda) que representavam o DIP. Eles tinham a finalidade de fiscalizar e controlar o conteúdo publicado e divulgados. Entretanto, havia também os representantes do DIP em Goiás que eram os redatores, cujo qual controlavam as informações veiculadas no Estado. Isso de fava por meio de descrição dos acontecimentos do dia a dia e enviado através de relatórios diários, à central do DIP no Rio de Janeiro. Até então, Goiás não havia nenhuma emissora.

Quando uma das primeiras emissoras de Goiás fora criada, Goiânia possuía apenas nove anos de existência. Em julho de 1942, a rádio Clube de Goiânia foi fundada. A sua programação, desde o seu início apresentava um perfil bem elaborado e conseguia atrair audiência por ser, todavia, a única emissora de rádio da cidade. Sua programação recebeu uma tonalidade regional, que consistia nas divulgação de cantores e músicas locais, apresentados em programas de auditório; causos, piadas e novelas que também eram adaptados à cultura goiana.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o caráter informativo de as emissoras sofreram alterações. Antes propriedade do Estado, dominada e controlada por sua política nacionalista. Após isso, houve o domínio do “capital comunicacional” e os partidos políticos se aproveitaram. Dessa forma, houve um grande aumento na fundação de emissoras pelo Brasil. Assim, percebe-se que o rádio em Goiás foi determinado pela expansão e reprodução do capitalismo.



Alunas:

Amanda Pedrosa
Jhully Gonçalves
Isabela Reis 
Soraia Loiola




BIBLIOGRAFIA








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